A fase mais crítica da disparada do preço do leite, que fez do produto o vilão da inflação e diminuiu a presença nas prateleiras dos supermercados, pode estar ficando para trás. A queda de preços no atacado que começa a ser registrada neste mês por causa da maior oferta e também o fim do período de seca podem trazer um alívio para o bolso do consumidor.
Em julho, o leite subiu mais de 25% no varejo e acumula alta de quase 80% no ano, segundo o Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação do País.
Mas, desde o início de agosto até a última terça-feira (16), a cotação do litro de leite no atacado de São Paulo já caiu quase 17%, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“O pior momento de alta de preços acho que já passou”, afirma o pesquisador em economia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, Samuel José de Magalhães Oliveira. Ele pondera que o nível de preços anterior à pandemia não deve ser retomado, mas acredita que as cotações atuais muito elevadas cedam neste segundo semestre. O economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Diego Pereira, é outro que aposta num recuo de preços ao consumidor em meados de outubro.
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