O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, tiveram nesta quinta-feira (30) o primeiro encontro presencial desde 2019.

Os dois chefes de Estado discutiram assuntos como tarifas, o fluxo ilícito do opioide fentanil, a guerra na Ucrânia e as exportações de terras raras.

O encontro de alto nível acontece após os dois líderes trocarem várias cartas desde que Trump voltou à Casa Branca em 20 de janeiro deste ano. Eles também tiveram três ligações telefônicas durante os nove meses do novo mandato do republicano.

“Foi uma reunião incrível”, declarou Trump a repórteres a bordo do Air Force One logo após as conversas, classificadas por ele com nota “12 de 10”.

Xi Jinping se empenhará “muito para conter o fluxo” de fentanil, um opioide sintético mortal que é a principal causa de mortes por overdose nos Estados Unidos, disse Trump.

A China concordou em suspender os controles de exportação anunciados este mês sobre terras raras, elementos vitais para carros, aviões e armas, que se tornaram a principal arma de Pequim em sua guerra comercial com os Estados Unidos.

A suspensão terá duração de um ano, informou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.

O informe acrescentou que os dois lados também chegaram a um consenso sobre a expansão do comércio agrícola e trabalharão para resolver as questões relacionadas ao aplicativo de vídeos curtos TikTok, que Trump busca colocar sob controle americano.

Guerra na Ucrânia

Donald Trump disse que discutiu a guerra da Rússia na Ucrânia “com muita seriedade” com Xi Jinping durante o encontro.

O americano afirmou que os dois líderes concordaram em trabalhar juntos “para ver se conseguimos acabar com essa guerra”.

“Concordamos que os lados estão em conflito armado e, às vezes, é preciso deixá-los lutar”, disse Trump.

“Mas (Xi) vai nos ajudar e vamos trabalhar juntos na Ucrânia. Não há muito mais que possamos fazer”, afirmou o presidente dos EUA.