Trabalhadores humanitários atenderam pacientes enquanto eles faziam as malas para saírem da cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza, onde moradores afirmaram que o exército israelense ordenou que deixassem uma área de quase 6 quilômetros quadrados no domingo (20), segundo uma ONG da região.
Fomos forçados a sair de uma de nossas intervenções humanitárias mais importantes, nossa policlínica, que atende centenas de pacientes diariamente com cuidados primários de saúde, reabilitação e apoio à saúde mental. Tínhamos apenas algumas horas para sair, enquanto dezenas de pessoas ainda estavam chegando”, disse Mai Elawawda, assessora de comunicação da MAP (Assistência Médica para Palestinos), à CNN na terça-feira (22).
Funcionários da MAP “simplesmente não conseguiram recusá-los”, disse Elawawda. “Nós os ajudamos enquanto fazíamos as malas.”
Nos dias que antecederam a retirada forçada, a clínica da MAP recebeu pacientes que não comiam há dias, incluindo crianças e gestantes, acrescentou.
Pessoas baleadas enquanto buscavam ajuda também foram tratadas na clínica, relatou Elawawda, observando que a equipe da instituição tratou cerca de 120 pacientes feridos que precisavam de ajuda de mobilização após terem sido feridos enquanto tentavam receber ajuda humanitária.
