A China tem intenção de tornar o yuan a base do comércio internacional, tomando o lugar do dólar, movimento esse que seria a preocupação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no momento.
Os países atingidos nesta segunda-feira (7) por novas tarifas dos EUA sinalizam uma resposta do presidente norte-americano a esse movimento chinês.
Para contextualizar, ela traz para a discussão o Cips (Cross-Border Interbank Payment System), sistema de pagamentos apoiado pelo Banco do Povo da China, que oferece serviços de compensação e liquidação em pagamentos e comércio entre países em renminbi.
O Cips é uma alternativa ao Swift, sistema de liquidação integrado ao sistema financeiro internacional já consolidado e que opera com base no dólar.
Participam da alternativa chinesa países como Indonésia e Tailândia, atingidos com alíquotas de, respectivamente, 32% e 36%.
O Brics discute a renovação do sistema financeiro internacional, de modo a torná-lo mais adaptado à realidade dos países emergentes e não expô-los tanto a dívidas elevadas, além da possível criação de uma moeda comum.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu a pauta após Donald Trump reafirmar que irá taxar os membros do Brics e outros países que adotarem medidas “antiamericanas”.