Começa nesta quarta-feira, dia 25 de junho e segue até o próximo sábado, dia 28, o Encontro das Juventudes, Povos e Comunidades Tradicionais, com mais de 300 jovens e lideranças de várias comunidades extrativistas da Amazônia. O evento será realizado no Quilombo São Francisco do Bauana, entre o município de Alvarães (a 531 quilômetros de Manaus) e o entorno da Floresta Nacional (Flona) de Tefé.
Organizado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), o principal objetivo é chamar a atenção das novas gerações para a importância de proteger os Territórios Tradicionais de Uso Coletivo (TUCs) como espaços de garantia e promoção de direitos, além de enfrentamento às crises climáticas.
A programação, que abordará o tema com o tema “Juventudes Extrativistas de mãos dadas pelo clima, rumo à COP30”, também visa prepará-los para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).
As mesas temáticas e os debates vão focar em sete eixos: os 40 anos de luta do CNS; o protagonismo jovem na formação e educação socioambiental; o papel dos territórios de uso sustentável no combate às crises climáticas; regularização fundiária e infraestrutura para Reservas Extrativistas (RESEXs); gestão socioprodutiva e linhas de financiamento para economia da sociobiodiversidade; gestão e organização social do território; os 35 anos da criação da primeira Resex do país; e a preparação da juventude para a COP30.
Júlio Barbosa, presidente do CNS, está confiante de que as novas gerações seguirão lutando pela floresta conservada. “Chamar a atenção das juventudes extrativistas é fundamental para garantirmos a continuidade da nossa cultura e manter viva nossa luta por justiça climática e social. Reconhecemos que não há transição sustentável sem a presença ativa desses jovens nos espaços de decisão, principalmente agora na COP30”, conclui.
O Encontro Nacional das Juventudes, Povos e Comunidades Tradicionais” é organizado pelo CNS, Memorial Chico Mendes (MCM), Jovens Protagonistas (JP) e a Associação dos Moradores e Produtores Agroextrativistas da Flona Tefé e Entorno (APAFE). Conta com o apoio do Instituto Internacional de Educação Ambiental do Brasil (IEB), SOS Amazônia, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Rainforest Noruega (RFN), Cooperação Técnica Alemã (GIZ), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Prefeitura e Câmara de Vereadores de Alvarães, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Amazonas (CONAQ-AM), grupo Mulheres Protagonistas da Flona Tefé, Quilombo São Francisco do Bauana, entre outros.