O envio do USS Gerald Ford integra a operação “Lança do Sul” contra o narcotráfico, mas aprofunda a tensão entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.

A Marinha dos Estados Unidos anunciou neste domingo (16) a chegada do grupo de ataque do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, ao Mar do Caribe. Segundo comunicado oficial, o comboio cruzou pela manhã o Passagem Anegada, próximo às Ilhas Virgens Britânicas.

O porta-aviões navega ao lado dos destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge. Durante a operação, aeronaves como jatos de ataque e um bombardeiro B-52 Stratofortress sobrevoam a frota.

A movimentação faz parte da operação “Lança do Sul”, que combate o narcotráfico na região. A chegada do porta-aviões aumentou a tensão entre o governo Trump e o regime de Nicolás Maduro, gerando temores de uma possível ação militar dos EUA na Venezuela.

Segundo a Marinha americana, o USS Gerald Ford foi enviado ao Comando Sul para apoiar a diretriz presidencial de desmantelar redes criminosas transnacionais.

“Estamos prontos para enfrentar ameaças que buscam desestabilizar nossa região”, disse o almirante Alvin Holsey, comandante das Forças Armadas do Comando Sul dos Estados Unidos.

 

O porta-aviões, equipado com dezenas de aeronaves táticas, amplia a capacidade de vigilância, interceptação e projeção de poder dos EUA no Caribe, segundo as autoridades americanas.

O grupo do Gerald Ford se une a outras forças já posicionadas na região, reforçando as operações marítimas contra o tráfico de drogas.

Presenta na chamada “área de operações” da América Latina desde a última terça-feira (11), o USS Gerald R. Ford é o maior, mais letal e adaptável porta-aviões do mundo, além de ser o mais moderno e tecnologicamente avançado dos Estados Unidos, segundo a Marinha americana.

  • Incluído ao arsenal americano em 2017, o porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 aeronaves entre caças e helicópteros.
  • Ele dispõe de uma pista para pousos e decolagens com área equivalente ao triplo do gramado do Maracanã.
  • O grupo de ataque do porta-aviões inclui esquadrões de caças F-18, helicópteros militares, além de três destróieres — o USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill.