Ponto de tensão entre países ricos e em desenvolvimento, a pauta do “protecionismo verde” ficou de fora da agenda oficial da COP30.
Países do chamado Sul Global questionam medidas da União Europeia, como o mecanismo de ajuste de fronteira de carbono, que impõe um preço às emissões associadas a produtos importados, e o regulamento sobre produtos livres de desmatamento, que proíbe a entrada de commodities ligadas à devastação florestal após 2020.
No setor agropecuário, a preocupação é de que as novas regras criem restrições a produtores submetidos a legislações nacionais. Já a indústria alerta que a União Europeia desconsidera vantagens ambientais que países como o Brasil podem oferecer.
O avanço de políticas verdes na Europa, mas também a pressão por padrões de sustentabilidade na economia, prometem fazer do comércio internacional um dos temas mais sensíveis, mas também inevitáveis, ao longo da conferência.
Uma reportagem do jornal americano “The New York Times“, desta terça-feira (11), aponta que países emergentes estão se afastando da influência americana e europeia na transição energética e adotando alternativas renováveis impulsionadas pela China.
Após saturar o mercado interno com painéis solares, turbinas eólicas e baterias, empresas chinesas passaram a exportar seus produtos para países em desenvolvimento com grande demanda energética.
Com a ausência do governo americano na conferência, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, do Partido Democrata, criticou o desdém do presidente Donald Trump em relação às tecnologias verdes, em meio ao avanço chinês no setor.
Newsom também elogiou o progresso da China no setor e cobrou um posicionamento das montadoras americanas.
Fonte CNN
