O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resiste, neste momento, a prosseguir em um eventual acordo sobre metais raros com os Estados Unidos como resposta à aplicação de uma tarifa de 50% por Donald Trump.
A proposta tem sido discutida, de maneira informal, pelo encarregado de negócios da embaixada americana no Brasil, Gabriel Escobar, com o setor privado brasileiro.
O petista, contudo, tem afirmado que uma negociação oficial de Trump envolvendo o comércio de nióbio e de lítio, por exemplo, não foi feita diretamente o governo federal.
E que só cabe ao Palácio do Planalto, e não às mineradoras, discutir o tema, avaliado como sensível pelo governo federal e estratégico para o desenvolvimento tecnológico do país.
No ano passado, o governo petista chegou a discutir com a gestão do ex-presidente Joe Biden uma parceria para o desenvolvimento conjunto de minerais críticos.
Os minérios são cruciais para a fabricação de produtos como baterias, semicondutores, carros elétricos, painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas.
O Brasil garantiria o suprimento confiável e de longo prazo dos metais raros em troca do investimento de empresas americanas para agregar valor à matéria-prima.
O acordo não foi fechado e, segundo assessores brasileiros, foi interrompido com a eleição de Trump.
Na avaliação de auxiliares do presidente, não há clima neste momento para retomar a proposta inicial.
Na gestão petista, há ainda a avaliação de que nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aceitaria abrir mão dos metais raros sem uma contrapartida de investimentos dos Estados Unidos em industrialização.
Fonte CNN