Um degelo provisório nas frias relações entre EUA e Rússia está abrindo caminho para que empresas americanas façam o que, até recentemente, parecia impensável: retornar ao país três anos depois de terem partido em massa.
Após conversas decisivas com autoridades russas na semana passada, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, exaltou as “oportunidades extraordinárias”, econômicas e geopolíticas, que os Estados Unidos e a Rússia poderiam aproveitar quando a guerra na Ucrânia acabasse.
Na segunda-feira (24), o presidente Donald Trump disse que estava “tentando fazer alguns acordos de desenvolvimento econômico” com Moscou.
Mas a escala do êxodo corporativo da Rússia após a invasão à Ucrânia em 2022 pode tornar esse projeto mais difícil, com poucas empresas americanas restantes no país para fechar qualquer acordo.
Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimento Direto, disse que espera que algumas empresas americanasretornem já no segundo trimestre deste ano, de acordo com comentários citados pela agência de mídia estatal russa TASS na semana passada.
No entanto, analistas estão céticos. Na visão deles, a recompensa por reinvestir na Rússia seria muito pequena para que as empresas justificassem os custos potenciais de fazer isso.
“Sou cético quanto à possibilidade de muitas empresas arriscarem sua reputação e correrem o risco de entrar nesse ambiente de negócios muito inseguro e arriscado, para um mercado que é relativamente pequeno”, declarou Janis Kluge, pesquisador do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança.
Fonte CNN