A Câmara Argentina do Aço (CAA) pediu ao governo de Javier Milei coordenação com base no diálogo e na aliança “estratégica e geopolítica” com a administração de Donald Trump para reverter a imposição de tarifas de 25% sobre a importação siderúrgica do país, anunciada nesta semana.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (13), a associação que reúne as principais empresas produtoras de aço do país afirma que a “busca de respostas eficazes aos problemas de super capacidade de produção de aço, como resultado do comércio desleal, deve ser coordenada e baseada no diálogo e na aliança estratégica e geopolítica que os Estados Unidos têm com a Argentina”.

Ao mencionar o “comércio desleal”, a associação empresarial se refere ao avanço da China como maior produtor de aço do mundo, com uma participação de 54% no aço e 51% em produtos terminados, tornando-se o principal exportador, com mais de 94 milhões de toneladas em 2023, segundo o comunicado.

A Argentina é um fornecedor confiável e complementar para a indústria norte-americana”, diz o comunicado, apontando que o país sul-americano representa somente 0,20% da produção mundial de aço e que há integração do setor siderúrgico dos países, com a compra, pelos Estados Unidos, de produtos de aço argentinos para seu processo produtivo.

O comunicado pontua ainda que a importação realizada para os EUA foi “devidamente autorizada pelos organismos norte-americanos correspondentes”, e se refere à cota de importações de 180 mil toneladas anuais desde 2018.

 

Fonte CNN