Nas últimas temporadas, sempre que se criava a expectativa por ver o Flamengo em sua melhor versão, os olhares se dirigiam ao quarteto ofensivo. Por mais que, desde 2019, os times campeões pelo Flamengo tivessem ótimos acompanhantes, a sensação é de que a tarefa era monta um time que acomodasse Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e um quarto homem que, neste período, variou entre Bruno Henrique e Pedro.
Não é possível criar ilusões, tampouco o Flamengo parece em busca de uma ruptura. O giro de Éverton Ribeiro no lance do primeiro gol sobre o Racing, abrindo espaços e iniciando a transição do time para o ataque é um lembrete de como estes jogadores, de um nível técnico acima da média, serão sempre influentes. O mesmo vale para o passe de Arrascaeta para Gérson infiltrar na área e dar a bola para Wesley marcar.
Mas a vitória que praticamente classificou o Flamengo na Libertadores trouxe um ar de frescor. Por mais que o sarrafo seja alto para se avaliar as atuações rubro-negras, o time evolui com Jorge Sampaoli, mesmo que seja evidente a possibilidade e a necessidade de jogar melhor. Mas uma das marcas deste trabalho até aqui é trazer para o time novos pilares, novos pontos de equilíbrio, mesmo que nem todos sejam jogadores mais jovens do que aqueles que iniciaram o período vitorioso do clube há quatro anos. Fazer com que todos convivam e tenham papéis importantes é a tarefa que o argentino vem tentando executar.
Pulgar é um grande mérito de Sampaoli. Aos 29 anos, chegou no ano passado e não teve tantos minutos. Hoje, é peça indispensável no centro do campo, pelo posicionamento à frente da defesa e pela capacidade de se aproximar da área rival. Como no lance do gol de Victor Hugo, que decidiu o jogo.
Fonte Internet 4
