Em visita ao Iraque, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu neste sábado (28) ao primeiro-ministro iraquiano, Moustafa al-Kazimi, para “não baixar a guarda” contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico, que continuam representando uma ameaça interna ao país e, por extensão, à Europa. Macron participa de uma conferência regional em Bagdá, que reúne representantes de Irã, Turquia, Arábia Saudita, Jordânia, Egito e Catar, entre outros países.

A França quer mostrar que exerce um papel de mediação na região e se mantém comprometida com o combate ao terrorismo. Paris apoia os esforços de diálogo realizados pelo Iraque, “país considerado essencial para a estabilidade do Oriente Médio”, segundo nota divulgada pelo Palácio do Eliseu.

Depois de se reunir com Macron, o primeiro-ministro iraquiano disse que seu país e a França “são parceiros essenciais na guerra contra o EI, na guerra contra o terrorismo”. “Esta parceria certamente continuará a defender os valores da democracia nesta jovem experiência democrática iraquiana”, acrescentou Moustafa al-Kazimi.

Com a retirada das últimas tropas da OTAN do Afeganistão, as forças francesas permanecerão engajadas no Iraque. O grupo Estado Islâmico “foi derrotado territorialmente em 2017, graças à coragem das forças armadas iraquianas e com o apoio da coalizão internacional”, disse o presidente francês. “Mas todos nós sabemos que não devemos baixar a guarda porque o EI continua sendo uma ameaça e eu sei que a luta contra esses grupos terroristas é uma prioridade para o seu governo”, declarou Macron, dirigindo-se ao iraquiano. “Quero reiterar o compromisso da França na coalizão ao seu lado”, concluiu o chefe de Estado francês.

Macron sabe, no entanto, que a estabilidade do Iraque requer a reconstrução das áreas liberadas dos jihadistas, o desenvolvimento econômico do país e a realização de eleições livres e transparentes. Essa expectativa de Paris ainda é difícil de ser alcançada, uma vez que os partidos políticos locais enfrentam divergências sobre a organização das eleições legislativas marcadas para daqui a seis semanas.

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