A economia da Alemanha pode receber um impulso extraordinário de uma única startup este ano depois que a BioNTech elevou a previsão de vendas de sua vacina contra a Covid-19 para 15,9 bilhões de euros (US$ 18,6 bilhões).

A receita da farmacêutica alemã, que é parceira da Pfizer, poderia contribuir com cerca de meio ponto percentual para o crescimento do PIB alemão, de acordo com Sebastian Dullien, professor de Economia Internacional da HTW Berlin.

Isso porque grande parte da produção da empresa, com sede em Mainz, na Alemanha, está concentrada no país, diz. Embora parte da receita da BioNTech possa incluir contribuições do exterior, o acordo de participação nos lucros da empresa com a Pfizer conta para o PIB alemão.

“Isso é extraordinário para uma startup”, disse Dullien em post no Twitter depois que a empresa divulgou o balanço trimestral. “Existem raros casos em que empresas isoladas têm relevância macroeconômica.”

O Bundesbank prevê expansão de 3,7% para a economia alemã neste ano.

A maior fábrica da BioNTech em Marburg, na Alemanha, tem capacidade de produção de 1 bilhão de doses por ano. Algumas etapas de produção também são realizadas em uma unidade da Pfizer na Bélgica e por outros parceiros de fabricação em outras regiões da Europa, mas Dullien argumenta que é improvável que isso diminua significativamente o impacto no PIB alemão, já que os custos de produção são baixos em comparação com as receitas.

A vacina contra a Covid pode se tornar um dos medicamentos mais vendidos de todos os tempos. BioNTech e Pfizer assinaram contratos para entregar cerca de 2,2 bilhões de doses da vacina de dose dupla este ano e mais de 1 bilhão de doses em 2022 e nos próximos anos. A Pfizer disse no mês passado que pode gerar US$ 33,5 bilhões em vendas este ano, que são divididas entre as parceiras, e a BioNTech também obtém parte da receita com vendas diretas.

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