A decisão entre Brasil e Argentina vai colocar em campo tradição, história, peso, confrontos individuais e uma rivalidade incomparável. Mesmo que a Inglaterra tenha eliminado a Dinamarca na semifinal e faça uma grande final com a Itália, o confronto sul-americano é muito maior

“Nunca estive tão esperançoso”. Assim definiu Lionel Messi a sua expectativa para a final da Copa América diante do Brasil, no próximo sábado 10, no Maracanã. Aos 34 anos, o craque da Argentina vem demonstrando, com e sem a bola, o quanto quer levantar sua primeira taça pela seleção adulta. Desde sua estreia, em 2005, foram várias frustrações: perdeu quatro finais, três de Copa América (2007, 2015 e 2016) e uma de Copa do Mundo, de 2014, justamente no palco carioca diante da Alemanha.

Após a vitória na semifinal diante da Colômbia, na qual deu uma assistência para Lautaro Martínez e chamou a atenção por seus gestos de liderança e até de provocação aos rivais, algo pouco comum em sua trajetória, o camisa 10 pregou respeito pelo Brasil, mas garantiu: “O que mais quero é ganhar alguma coisa com a seleção”. No entanto, para que possa, enfim, encerrar esta tormenta, Messi terá de superar também um retrospecto desfavorável no maior clássico sul-americanos: em 11 duelos contra o Brasil, perdeu seis, ganhou quatro (todos em amistosos) e empatou um, com cinco gols marcados.

Sua estreia no clássico na seleção adulta foi em uma derrota por 3 a 0 em Londres, com show de Kaká, em 2006. Seu momento mais duro veio na sequência, justamente na última final entre as maiores seleções do continente: então com 20 anos recém completados, Messi jogou os 90 minutos, mas pouco fez na derrota por 3 a 0 na final da Copa América de 2007, na Venezuela.

Outras derrotas doloridas vieram nas Eliminatórias. Em 2009, jogando em Rosário, sua cidade natal, o craque viu Kaká e Luis Fabiano brilharem na vitória brasileira por 3 a 1, com Diego Maradona no comando da Argentina.

O camisa 10 atuou em três clássicos no Mineirão. A primeira lembrança é boa: teve seu nome gritado, ainda que em forma de protesto à seleção brasileira de Dunga, em empate em 0 a 0 em 2008, pelas Eliminatórias. Em 2016, amargou uma derrota por 3 a 0, com gols de Coutinho, Neymar e Paulinho. Já em seu último clássico em BH, perdeu por 2 a 0 na semifinal da última Copa América, em 2019.

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