Os mercados financeiros seguem em ritmo de ajustes na tarde desta quinta-feira, 17, depois das reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que acenaram com postura mais “hawkish” (dura). Por aqui, a indicação do Banco Central de que poderá aumentar o ritmo de ajustes da taxa Selic mantém as taxas de juros em alta e o dólar em queda, mesmo em um dia em que a moeda americana ganha força no exterior. No mercado de ações, a tarde foi majoritariamente de perdas, lideradas principalmente por ações de empresas ligadas a commodities.

Embora com dólar à vista a R$ 5,0320, em baixa de 0,55%, o índice de ações da B3 mostrava perda. Às 14h36, o Ibovespa caía 0,77%, a 128.258,31 pontos. A mínima da sessão desta quinta-feira, 17, bateu em 127.837,84 pontos – na quarta, no ponto mais baixo do dia, havia chegado a 128.345,03 pontos.

Em meio à apreciação do dólar no exterior, o petróleo tem queda superior a 2% nos futuros de Nova York e Londres, o que leva à queda de até 3% nas ações da Petrobrás. E as perdas dos índices de metais no exterior impõe baixas aos papéis de Vale e siderúrgicas, apesar da alta do minério de ferro na China. Em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,56%, enquanto o S&P500 operava estável e o Nasdaq avançava 0,85%.

A queda da moeda americana é atribuída principalmente ao fluxo positivo e à expectativa de novos ingressos, se confirmado o aumento no ritmo de alta dos juros no Brasil. E na renda fixa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2022 mostrava taxa de 5,570%, ante 5,445% do ajuste de quarta. Nas apostas do mercado futuro de juros, já é praticamente unânime a expectativa de elevação da taxa Selic em 1 ponto porcentual, e não em 0,75 ponto, como foi aplicado pelo Copom. Os dados sobre inflação, no entanto, é que deverão balizar as apostas nas próximas semanas.

Também no noticiário da última hora, os Estados Unidos vão enviar doses de vacinas contra a covid-19 ao Brasil nas próximas semanas, segundo afirmou o coordenador da força tarefa da Casa Branca contra a pandemia, Jeff Zients, em coletiva de imprensa. Ele não especificou quantas das 80 milhões de doses previstas para doação serão enviadas ao País.

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