A primeira pessoa a tomar a CoronaVac no Brasil é a enfermeira Mônica Calazans, 54, que trabalha na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Negra, ela é moradora de Itaquera, na zona leste da capital paulista. A vacinação ocorreu no HC (Hospital das Clínicas) poucos minutos depois de a Anvisa liberar, com restrições, o uso emergencial da CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac. Além da CoronaVac, a Anvisa também liberou o uso emergencial da AstraZeneca, a vacina da Fiocruz com a Universidade de Oxford.
Ao chegar no local de vacinação, montado pela equipe do governo estadual no HC, Mônica se encontrou com o governador João Doria (PSDB). Eles se cumprimentaram com as mãos fechadas e, na sequência, juntos, se emocionaram e choraram muito. Ela incentivou a população a não ter medo do imunizante.
“Quantas pessoas têm receio de chegar próximas as outras? Eu tomo ônibus, metrô, as pessoas têm receio de chegar perto de você. Então, povo brasileiro, é nossa grande chance”, afirmou a enfermeira. “Estou falando agora como brasileira, mulher negra, que acredite na vacina. Vamos pensar nas vidas que perdemos”, complementou.
- Nurse Monica Calazans, 54, receives the Sinovac’s coronavirus disease (COVID-19) vaccine from nurse Jessica Pires de Camargo, 30, after Brazil health regulator Anvisa approved its emergency use at Hospital das Clinicas in Sao Paulo, Brazil January 17, 2021. REUTERS/Amanda Perobelli