Depois de pautar o mundo da política por mais da metade de 2021 com a CPI da Pandemia, os holofotes seguem voltados para o Senado. 27 novos (ou velhos) integrantes serão escolhidos nas eleições de 2022 em uma disputa que, claro, irá interferir nos arranjos dos estados, mas dessa vez também terá impacto sobre a formação de chapas para disputa da Presidência da República.
Em 2018, quando o Brasil foi às urnas para renovar 2/3 do Senado, apenas 8 dos 32 que tentaram a reeleição conseguiram voltar a Brasília. Em 2022, o cenário é diferente. A meses da eleição, o clima de antipolítica que impulsionou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou, ele próprio foi para os braços dos partidos que compõem o centrão, e a polarização entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está, até aqui, consolidada.
Sem uma terceira via com viabilidade eleitoral, pesos-pesados do Senado terminarão seus mandatos e devem disputar a reeleição, como o ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP). Será uma prova de fogo para um dos principais players de Brasília após seu irmão, Josiel Alcolumbre, ser derrotado em 2020, nas eleições para prefeitura de Macapá, e após o grande desgaste entre ele e o governo federal com a demora de meses para marcação da sabatina do agora ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça.
popularidade de pelo menos quatro figuras de grande destaque da CPI da Pandemia será posta à prova. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), deve disputar uma difícil reeleição no Amazonas e pode enfrentar o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Médico com atuação destacada na CPI, Otto Alencar (PSD-BA) é cotado para concorrer à reeleição, em um arranjo que envolve a candidatura do colega senador Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia e a candidatura de Lula à Presidência.
Simone Tebet (MDB-MS), outra parlamentar de grande destaque na comissão que pautou parte de 2021, foi lançada pré-candidata à Presidência da República, mas se a candidatura não empolgar, pode disputar uma vaga no Senado com a ministra da Agricultura Tereza Cristina.
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