O Amazonas tem dois milhões de amazonenses vivendo em insegurança alimentar. É o que aponta a Pesquisa sobre Segurança Alimentar no Brasil, divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, mais de 400 mil enfrentam o quadro mais grave do problema, que pode chegar, inclusive, à fome.

De acordo com o levantamento feito pelo IBGE, a população total do Amazonas em 2022 é de 3.941.175.

Segundo o IBGE, a segurança alimentar significa o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada. Nessas circunstâncias de acesso pleno, a pessoa entrevistada sequer relata preocupação ou iminência de sofrer qualquer restrição alimentar no futuro próximo.

Já a Insegurança Alimentar grave significa que, além dos membros adultos, as crianças, quando presentes, também passaram por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar a sua expressão mais aguda, a fome.

Com grau de insegurança alimentar leve são 1,2 milhão; com o grau de insegurança moderada 266 mil; e com o grau grave são 437 mil pessoas. Outros 2,2 milhões de moradores vivem com segurança alimentar.

Já os Estados com o menor percentual de Insegurança Alimentar grave foram Santa Catarina (1,5%) e Espírito Santo (2,2%). No Brasil a insegurança alimentar grave atingiu 4,1% dos 27,6% de domicílios que notificaram insegurança alimentar. Isso alcançou 3,2 milhões de domicílios e 8,6 milhões de pessoas.

Historicamente, segundo o IBGE, as regiões Norte e Nordeste continuam apresentando as menores proporções de domicílios com Segurança Alimentar, enquanto as regiões Sul e Sudeste têm apresentado as maiores prevalências no tempo.

“No que se refere a situação de Insegurança Alimentar (IA) existente nos domicílios, quando o foco é a sua manifestação mais intensa, a I.A. grave, observa-se que ela está presente ao longo da série histórica em maior frequência nas regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, nas regiões Sul e Sudeste, no mesmo período, esta prevalência não chegou a 5%”, explicou o órgão.

Fonte IBGE