O conflito entre Israel e o Hamas completa um mês nesta terça-feira (7) com escalada de ataques, mortes de civis e incertezas sobre um cessar-fogo.

No dia 7 de outubro, por volta das 6h30, em horário local, o grupo radical islâmico bombardeou o território israelense com milhares de foguetes a partir da Faixa de Gaza, no que foi considerado um dos maiores ataques dos últimos anos.

Extremistas armados derrubaram as barreiras de alta tecnologia que cercavam Israel, iniciando ataques por terra com reféns. Ao assumir a autoria do ataque, o Hamas declarou guerra ao Estado judaico.

“Se você tem uma arma, use-a. Esta é a hora de usá-la – saia com caminhões, carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história”, disse Muhammad Al-Deif, comandante militar do grupo.

Al-Deif afirmou que a ação foi uma resposta a ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza.

Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “em guerra”. “Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra”, expressou.

“O Hamas cometeu um grave erro esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse, na ocasião, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. “As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] estão lutando contra o inimigo em todos os locais. Apelo a todos os cidadãos de Israel para que sigam as instruções de segurança. O Estado de Israel vencerá esta guerra”.

O Festival Nova, que acontecia em uma área rural perto da fronteira entre Gaza e Israel, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da guerra, logo em seu primeiro dia.

Marcado para acontecer durante toda a noite, o evento celebrava o feriado judaico de Sucot, que relembra os 40 anos de êxodo dos judeus no deserto após a sua saída do Egito. No local, foram encontrados 260 corpos. Extremistas armados atiraram contra o público que fugia do local.