Da navegação às torneiras, o Rio Negro conduz a rotina em Manaus. É dele que saem mais de 700 milhões de litros de água por dia para abastecer a capital.

Segundo a Águas de Manaus, nem mesmo a seca histórica de 2023 — a pior em 121 anos — prejudicou a captação.

O Rio Negro, conhecido por formar o Encontro das Águas com o Rio Solimões, tem alto índice de acidez, por causa da quantidade de material decomposto presente na água. O pH do Negro varia de 3,8 a 4,9, enquanto o do Solimões fica entre 4,5 e 7,8.

No entanto, antes de chegarem aos imóveis de Manaus, os 700 milhões de litros captados do Rio Negro passam por tratamento e controle de qualidade. O engenheiro civil Semy Ferraz garante que é possível beber a água direto das torneiras sem preocupação.

Hoje, o serviço de abastecimento de água tratada está universalizado na capital, de acordo com a Águas de Manaus. Isso quer dizer que a água chegou a todas as zonas.

Nem sempre foi assim.

Em 1995, quando chegou à comunidade Riacho Doce 2, bairro Cidade Nova 1, Zona Norte, Elenira de Aquino Santos e a família improvisavam. “Na época, nós puxamos uma mangueira preta da rua principal, que tinha uma “encanação maluca” com várias entradas”, lembra a autônoma, que tem 53 anos de idade.

A mangueira era compartilhada com os demais vizinhos. “Não tinha briga, mas tinha aquela conversa básica com a pessoa para pegar [a torneira] de volta”, detalha.

Problema crônico nos anos 1900, a falta de água acompanhou a virada do século 20 para o 21 em Manaus.

Fonte Assessoria de Imprensa