Um encontro entre a musicalidade formal aprendida no Massachussets Institute of Technology (MIT), considerado por vários rankings a melhor universidade do mundo há mais de 10 anos, e a musicalidade amazônica inspirada nos sons da floresta, aconteceu na manhã desta terça-feira (28/03) no Centro Cultural Palácio Rio Negro, avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus.

Aproximadamente 80 músicos pesquisadores do MIT participaram de um workshop especial sobre bioinstrumentos nativos da Amazônia, fabricados a partir de produtos da floresta pelo instrumentista amazonense Eliberto Barroncas. A atividade tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

O workshop incluiu também o acesso aos instrumentos amazônicos por meio de realidade virtual, com tecnologia desenvolvida pelo músico amazonense César Lima, pesquisador e idealizador do projeto “The Roots VR”. A ferramenta que deriva de um extenso processo de pesquisa e que reúne diversos instrumentos nativos da Amazônia.

A experiência culminou em uma jam session com os universitários norte-americanos, reunindo os sons dos bioinstrumentos com os sons dos instrumentos tradicionais que estão acostumados a tocar, mais as vozes dos grupos vocais que acompanham a comitiva de estudantes do MIT.

Tendo Física e Engenharia Nuclear como foco principal de sua formação, a universitária Charlotte Wyckert escolheu também estudar música em sua jornada no MIT. Para ela, a experiência no Amazonas tem sido surreal, desde que o grupo chegou a Manaus, na última sexta-feira (24/03),

“Essa experiência de hoje foi incrível. Foi minha experiência favorita desde que chegamos. O que é realmente especial é que a música que tocamos, os clássicos ocidentais, é ensaiado muito e muito planejado. É com isso que estou acostumada e me sinto confortável. Mas fazer algo no momento, de forma espontânea, como fizemos aqui, é uma sensação totalmente diferente e muito especial”, disse a universitária.

 

Fonte Portal da Cultura