O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Comissão de Participação Feminina e do Subcomitê de Saúde, deu início nesta segunda-feira (3/10) às atividades da “Campanha Outubro Rosa”, mês de prevenção ao câncer de mama. Com palestras sobre o tema, a abertura da campanha aconteceu no auditório do Fórum Euza Maria Naice de Vasconcellos, no bairro São Francisco, e reuniu magistrados, servidores e colaboradores.

A coordenadora da Comissão de Participação Feminina, desembargadora Mirza Telma de Oliveira Cunha, ressaltou a importância do “Outubro Rosa” como ação voltada para a saúde da mulher e que busca, principalmente, incentivar o acompanhamento que garante o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que amplia grandemente as chances de cura da doença. “O Tribunal de Justiça tem, todos os anos, se integrado a essa grande ação nacional, organizando atividades que buscam ampliar a orientação às nossas servidoras e ao público em geral, lembrando que o câncer de mama tem um índice muito alto”, afirmou a desembargadora.

O coordenador do Subcomitê de Saúde do Tribunal, desembargador Elci Simões, também destacou a finalidade da ação e sua importância. “É uma ação que demonstra a preocupação do Tribunal com a saúde dos magistrados e servidores e tais esclarecimentos incentivam que as pessoas se previnam. Sabemos que a prevenção ajuda o sucesso no tratamento”, disse Simões.

A mesa de abertura da programação foi composta também pela ouvidora-geral do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), procuradora Jussara Maria Pordeus e Silva; pela defensora pública e coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa da Mulher da DPE/AM, Stefanie Barbosa Sobral; e pela presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/AM, Marlene Parizotto.

Palestras

A abertura do “Outubro Rosa” foi marcada por quatro palestras acerca da prevenção ao câncer de mama, da importância do diagnóstico precoce da doença e de aspectos envolvidos ao tratamento.

“Em relação ao câncer de mama, para este ano, são esperados 66.280 casos novos de câncer de mama no Brasil, sendo 450 no Amazonas, sendo ainda uma doença muito prevalente. Notamos um aumento de casos em relaçao ao câncer de mama, mas talvez por conta de uma maior detecção se torna uma vantagem que acaba se convertendo em melhora do tratamento”, disse o médico mastologista Agnaldo Barroso, o primeiro a palestrar.

Tatiana Valois Barroso, por sua vez, ressaltou a importância do dignóstico precoce da doença. “Detectar o câncer antes de ele apresentar sinais de sintomas é o que aumenta as chances de cura. Há menos tratamentos invasivos, chance de preservar a mama, o que permite à paciente se sentir emocionalmente muito melhor, refletindo no tratamento”, explica a mastologista.

A psicóloga social Rebeca Cardoso de Oliveira afirmou que a qualidade da saúde mental é importante para quem recebe um diagnóstico. “Algumas mulheres já vêm de adoecimento mental, trazem algumas dores, já estão muito sensíveis e, se um diagnóstico de câncer para uma pessoa saudável mentalmente, dentro dos padrões de uma vida saudável, pode vir a ter aumento de ansiedade, depressão ou desenvolver outros transtornos, imagine associar um disgnóstico devastador de tanto medo e tantas incertezas a uma saúde mental que já estava com baixa qualidade. Isso pode, sim, atrapalhar muito o tratamento”, explicou.

O evento encerrou com o depoimento da assistente social Larissa Feitoza Said, que se curou de um câncer de mama detectado por um autoexame durante o banho. Diagnosticada em 2020, a assistente social estava passando por luto familiar pela perda da avó e contou que foi pega de surpresa por duas noticias: o dignóstico positivo de câncer e uma gravidez. “Receber o diagnóstico nunca é fácil, a gente fica sem chão e perde a perspectiva de futuro, ao mesmo tempo a alegria de uma gravidez que vinha sendo muito desejada. O médico foi bem taxativo e disse que teria de escolher entre o tratamento e a gestação. Não foi fácil passar por tudo isso”, contou.

Segundo ela, a fé em Deus se multiplicou e o casal embarcou para São Paulo em busca de outros especialistas, opiniõers e novos exames. No ano de 2020, ela fez mastectomia bilateral, oitos sessões de quimioterapia e a criança nasceu perfeita e, atualmente, conta com dois anos de idade. “Continuo fazendo acompanhamento oncológico com exames de seis em seis meses e, graças a Deus, está tudo normal”, finalizou.

Ao longo de todo o mês de outubro, o TJAM também realizará ações de conscientização sobre o tema com compartilhamento de informações que poderão ser acompanhadas por meio das redes sociais do TJAM.

 

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