A Amazonas Energia disse nesta quinta-feira (17/2), que vai ressarcir os consumidores que foram afetados por falha na medição da tarifa de energia no estado. A afirmação foi feita pelo Diretor da Concessionária de Energia, Radyr Gomes de Oliveira, durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Manaus (CMM), proposta pelo vereador Jander Lobato (PTB) e conduzida pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (Comdec), Marcio Tavares (Republicanos).

A audiência foi proposta e aprovada esta semana, após a informação divulgada pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-AM) que seis medidores estavam cobrando valores acima do normal, após uma fiscalização feita em 1.100 equipamentos.

Durante os pronunciamentos o presidente do Ipem-AM, Márcio André, atualizou os dados e afirmou que em fevereiro o número de medidores com irregularidades saltou para 30 e que a situação precisa ser investigada. “Fazemos com frequência essa inspeção e encontramos nestes dois meses essa quantidade de contadores que divergem entre os números da leitura e da exatidão, e por isso estamos acionando a empresa para que dê uma resposta a população”, disse.

O proponente da audiência, Jander Lobato, agradeceu a presença de todos os órgãos envolvidos no assunto, inclusive da empresa Amazonas Energia, mas afirmou que muitos questionamentos não foram respondidos. “Tivemos um momento produtivo, foram mais de três horas em que pudemos escutar todos os argumentos, porém nem tudo foi respondido com clareza, por isso estaremos nas ruas fiscalizando e cobrando pronta resposta desta empresa”, afirmou.

Mesmo com o anúncio de que os consumidores serão ressarcidos, o vereador Márcio Tavares avisou que a Comissão de Defesa do Consumidor estará de portas abertas para receber denúncias quanto a possíveis irregularidades. “Sempre temos atuado nas comunidades para resolver os problemas no campo consumerista, ainda mais quando se trata dos serviços públicos prestados e vamos estar atentos a tudo que chegar de demandas referentes a esse assunto”, adiantou.

Quanto a implantação do novo sistema de medição inteligente, denominado Sistema de Medição Centralizada (SMC), que consiste em um sistema remoto de medição, suspensa por meio de ação popular, Radyr Oliveira assumiu que a empresa falhou na comunicação com a população para esclarecer a necessidade da instalação do equipamento. “Confesso que tivemos esse problema de detalhar mais sobre este novo sistema de medição, o que causou todo esse imprevisto, mas creio que essa audiência e até mesmo a CPI que ocorre na Assembleia Legislativa do Amazonas, servem para dar luz ao assunto”, afirmou.

 

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