A América Latina registra, ao longo de sua história, movimentações conjuntas de seus países por diferentes sistemas de governo e políticas socioeconômicas.
As declarações de independência no começo do século 19; a sequência marcada por regimes populistas, ditaduras militares e governos democráticos neoliberais ao longo do século 20; e os governos de esquerda e centro-esquerda que dominaram o início dos anos 2000 são exemplos dessas tendências disseminadas pela região.
Desde 2015, influenciados por uma onda conservadora que se refletiu em diversos lugares do mundo, vários latino-americanos romperam com as forças da esquerda e “pendularam” para a direita. Foi o que aconteceu com Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile e Equador, entre outros.
Na passagem de 2021 para 2022, no entanto, o cenário é difuso. Alguns países rumaram de volta para a esquerda, como a Argentina e o Chile. Líderes da direita, como Jair Bolsonaro, o chileno Sebastián Piñera e o equatoriano Guillermo Lasso sofreram com desgastes e turbulências internas.
Além disso, há governos que realizam eleições e se declaram democráticos, ao mesmo tempo que caminham para um regime de supressão de direitos, concentração de poder e repressão da oposição, como Venezuela, Nicarágua e El Salvador.
A falta de coesão entre os países e o cenário generalizado de crise econômica e sanitária, além das eventuais ameaças contra a democracia, marcaram o 2021 latino-americano e estão na agenda do próximo ano – quando o maior país da região, o Brasil, terá eleição presidencial, que afeta também os vizinhos.
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