inflação teve alta de 1,16% em setembro, a maior para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. Com isso, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, acumula altas de 6,90% no ano e de 10,25% em 12 meses, informou nesta sexta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado acumulado em 12 meses é o maior desde fevereiro de 2016, quando foi de 10, 36%. Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em setembro, com destaque para habitação (2,56%), que foi puxado pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica. Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, em que o acréscimo é menor, R$ 9,49.

“Essa bandeira foi acionada por conta da crise hídrica. A falta de chuvas tem prejudicado os reservatórios das usinas hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no país. Com isso, foi necessário acionar as termoelétricas, que têm custo maior de geração de energia. Assim, a energia elétrica teve de longe o maior impacto individual no índice no mês, com 0,31 ponto porcentual, acumulando alta de 28,82% em 12 meses”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Os preços do gás de botijão também pesaram no IPCA, com alta de 3,91% no mês. “O preço para o consumidor final tem aumentado a cada mês. Já foram 16 altas consecutivas. Em 12 meses, o gás acumula aumentos de 34,67%”, detalha Kislanov.

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